Sondagem diária: AD mantém vantagem sobre PS, mas Montenegro cai. Quase 20% de indecisos no arranque oficial de campanha
No quarto dia da sondagem da Pitagórica para TSF/JN/TVI/CNN Portugal, Luís Montenegro deixa a linha de água e cai para terreno negativo. Rui Rocha ultrapassa Rui Tavares como líder mais bem avaliado
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Aumentou o número de indecisos, são sobretudo jovens, enquanto avança a campanha e, pela primeira vez, nesta sondagem diária, Luís Montenegro deixa o terreno neutro, entre avaliações positivas e negativas onde tem estado desde o início, e cai para os três pontos negativos. Pedro Nuno Santos mantém-se estável nos 12 negativos.
Na frente das intenções de voto, a vantagem ainda é da AD e por mais de oito pontos. A Coligação PSD/CDS tem agora 35,8%, com distribuição de indecisos, acima do PS, com 27,1%.
A dinâmica de vitória apontada pelos inquiridos é ainda substancial para a AD: 73%, independentemente do sentido de voto, consideram que será a AD a sair vencedora.
Em terceiro, o Chega também sobe umas décimas para os 16,5%, mas a subida mais significativa é da Iniciativa Liberal, que não só cresce para 7,5% (cerca de 1pp), mas também tem em Rui Rocha o líder com melhor avaliação (12 pontos), retirando o lugar a Rui Tavares do Livre.
O partido da papoila cai meio ponto para os 3,4%, acima dos 3,2% da CDU, que está estabilizado. Pelo contrário, o Bloco de Esquerda tem andado num sobe e desce, desta vez, volta a descer e para 1,8%. Em último, o PAN com 0,6%.
Nesta quarta sondagem, regista-se o nível mais elevado dos abstencionistas, são quase 20% e, junto dos jovens, o valor sobe para os 30%.
Ficha Técnica:
Durante quatro dias (30 de abril a 3 de maio) foram recolhidas diariamente pela Pitagórica para a TSF/JN/TVI/CNN Portugal um mínimo de 202 a 203 entrevistas de forma a garantir uma sub amostra diária representativa do universo eleitoral português (não probabilístico) tendo por base os critérios de género, idade e região. O resultado do apuramento dos quatro últimos dias de trabalho de campo, implica uma amostra 810 entrevistas que, para um grau de confiança de 95,5%, corresponde a uma margem de erro máxima de ±3,51%. O estudo tem como objetivo avaliar a opinião dos eleitores portugueses sobre temas relacionados com as eleições, nomeadamente os principais protagonistas, os momentos da campanha, bem como a intenção de voto nos vários partidos.
A taxa de resposta foi de 52,77%, a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.