Sondagem diária: PS com pior resultado da semana e com mais indecisos do que a AD
Na sondagem da Pitagórica para TSF/JN/TVI/CNN Portugal, a coligação PSD/CDS inverte a queda e aproveita o deslize dos socialistas, que só vencem junto dos mais pobres
Corpo do artigo
Depois da queda registada na terça-feira, a AD recupera uma décima para os 34,9%, Luís Montenegro também inverte a tendência de avaliação negativa dos últimos dias, embora ainda esteja abaixo da linha de água. Só que a coligação acaba por beneficiar da queda de meio ponto do PS que regista o pior resultado da semana: 26,1%.
O Chega também desce ligeiramente para os 16,7%. A Iniciativa Liberal mantém os 6,8% e Rui Rocha mantém-se como o líder com melhor avaliação, seguido por Rui Tavares do Livre que, nesta sondagem, sobe para os 3,9%.
Se na terça-feira a esquerda recuperava, esta quarta-feira volta a deslizar: a CDU para os 3,2%, o Bloco para os 2,1%. Também a descer, o PAN tem 0,5% de intenções de voto.
Montenegro leva vantagem na exposição mediática: são mais os inquiridos que se recordam de notícias sobre o líder da AD do que aqueles que referem Pedro Nuno Santos, mas a diferença maior está na dinâmica de vitória, com mais de 70% a considerarem que será a AD a vencer as eleições.
Nas intenções de voto, o PS só vence na classe mais desfavorecida e por oito pontos. De resto, a liderança em todos os segmentos pertence à coligação PSD/CDS.
A AD reforça acima dos 55 anos, falha nas classes mais baixas. Existem mais indecisos entre quem diz votar no PAN, Livre e na IL. Mas se, no início da semana, entre PS e AD, havia mais indecisos entre quem admitia votar na coligação, agora é junto dos potenciais eleitores socialistas que subiu o número de indecisos.
Ficha técnica:
Durante quatro dias (3 a 6 de maio) foram recolhidas diariamente pela Pitagórica para a TSF, JN, TVI e CNN Portugal, um mínimo de 202 a 203 entrevistas (dependendo dos acertos das quotas amostrais) de forma a garantir uma sub-amostra diária representativa do universo eleitoral português (não probabilístico). Foram tidos como critérios amostrais o género, três cortes etários e 20 cortes geográficos (distritos + Madeira e Açores). O resultado do apuramento dos quatro últimos dias de trabalho de campo resultou numa amostra de 810 entrevistas que para um grau de confiança de 95,5% corresponde a uma margem de erro máxima de ±3,51.
A seleção dos entrevistados foi realizada através de geração aleatória de números de telemóvel mantendo a proporção dos três principais operadores móveis. Sempre que necessário foram selecionados aleatoriamente números fixos para apoiar o cumprimento do plano amostral. As entrevistas são recolhidas através de entrevista telefónica (CATI - Computer Assisted Telephone Interviewing).
O estudo tem como objetivo avaliar a opinião dos eleitores portugueses, sobre temas relacionados com as eleições, nomeadamente os principais protagonistas, os momentos da campanha, bem como a intenção de voto dos vários partidos. Foram realizadas 1540 tentativas de contacto, para alcançarmos 810 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 52,60%.
A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação
Social que os disponibilizará para consulta online.