Sondagem: quem será primeiro-ministro? Montenegro sobe e aproxima-se de Pedro Nuno
Luís Montenegro aparece em recuperação e com uma subida acentuada, mas Pedro Nuno Santos continua a ser visto como o próximo primeiro-ministro.
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Pedro Nuno Santos continua a ser visto pelos inquiridos como o candidato com maior hipótese para ocupar o lugar de primeiro-ministro, mas vê Luís Montenegro reduzir a desvantagem para três pontos percentuais (em janeiro, o fosso era de 29 pontos percentuais). A sondagem da Aximage para a TSF, JN e DN mostra que o cenário de maioria absoluta não faz parte das contas dos portugueses.
Em dezembro e em janeiro, a maioria dos inquiridos colocava Pedro Nuno Santos com mais hipóteses de ser o próximo primeiro-ministro, um lugar que ainda ocupa, embora já sem maioria e com uma queda de oito pontos percentuais. Para 43% das pessoas que responderam à sondagem, o socialista será o próximo primeiro-ministro.
Em recuperação e com uma subida acentuada está Luís Montenegro: 40% dos inquiridos colocam o social-democrata à porta de São Bento, com uma subida de onze pontos percentuais. Em janeiro, Montenegro contava apenas com 29%.
Há ainda uma descida das pessoas que “não sabem ou não respondem” à questão que coloca frente a frente Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos. São agora 17% dos inquiridos, contra os 20% em janeiro.
Cenário de maioria absoluta está afastado
Depois da maioria absoluta de António Costa, o cenário está afastado pela esmagadora maioria dos inquiridos, que colocam fora de hipótese uma maioria absoluta para PS ou PSD. Em relação a janeiro, há uma subida de três pontos percentuais dos inquiridos que respondem “nenhum dos dois”, fixando-se agora nos 72%.
Dos inquiridos que responderam à sondagem, há 13% que acreditam numa maioria absoluta para o PS, um valor que desce para os 9% quando a escolhe recai no PSD.
Apesar do provável crescimento eleitoral do Chega, a maioria dos inquiridos mantém o chumbo a uma participação do partido de André Ventura num futuro Governo (53% dão nota negativa). Pelo contrário, 30% considera positiva a participação do Chega.
Que coligações à esquerda e à direita?
No cenário de vitória sem maioria absoluta, os inquiridos entendem que tando a Aliança Democrática (49%) como o PS (53%) devem fazer acordos ou coligações com outros partidos, embora há quem prefira governos em minoria.
Entre os inquiridos que defendem uma coligação caso a AD não alcance a maioria absoluta, a preferência para um acordo recai no Chega (36%), seguido de perto pela Iniciativa Liberal (33%).
Os eleitores sociais-democratas, tendo em conta a votação das legislativas de 2022, preferem a Iniciativa Liberal ao partido de André Ventura.
Quando o cenário se coloca aos socialistas, dos inquiridos que consideram que o PS deverá fazer coligações, a primeira escolha recai no Bloco de Esquerda (40%). Há também quem defenda um bloco central com o PSD (24%).
O Livre aparece depois, em terceiro lugar, com 14% das respostas dos inquiridos. O antigo parceiro da geringonça, a CDU, contabiliza apenas 6% dos consideram que o PS deverá fazer coligações.
Ficha técnica
Sondagem de opinião realizada pela Aximage para JN/DN/TSF. Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal. Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região. A amostra teve 805 entrevistas efetivas: 674 entrevistas online e 131 entrevistas telefónicas; 393 homens e 412 mulheres; 174 entre os 18 e os 34 anos, 211 entre os 35 e os 49 anos, 201 entre os 50 e os 64 anos e 219 para os 65 e mais anos; Norte 270, Centro 182, Sul e Ilhas 115, A. M. Lisboa 238.
Técnica: aplicação online (CAWI) de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para pessoas com 18 ou mais anos; entrevistas telefónicas (CATI) do mesmo questionário ao subuniverso utilizado pela Aximage, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 8 e 13 de fevereiro de 2024. Taxa de resposta: 76,61%. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de +/- 3,5%. Responsabilidade do estudo: Aximage, sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.