“Sou muito frontal.” Marta Temido conversa com descontente e promete atenção para problemas
Marta Temido saúda ainda a visita do Presidente ucraniano a Portugal (e a entrada de Pedro Nuno na campanha)
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Entre elogios, Marta Temido também ouve críticas. Há quem não esqueça o trabalho da antiga ministra da Saúde, mas as dificuldades que muitos vivem, com baixos salários e sem habitação, também servem de crítica. É caso para dizer que, em Setúbal, Marta Temido chocou com a realidade.
Durante cerca de cinco minutos, a antiga ministra da saúde disponibilizou-se para ouvir uma voz crítica, “sem casa e sem trabalho”, que depressa atirou aos políticos “hipócritas e cínicos”. Admitiu, no entanto, que durante a pandemia, “gostava muito” de Marta Temido.
“Eu sou muito frontal”, atirou, lamentando que “sozinha” não consiga “levar este país” para a frente. Marta Temido mostrou compreensão e garantiu à popular que “não se vai embora”. Pelo menos não já, nos próximos 15 dias. Depois disso, Marta Temido tem bilhete de ida para Bruxelas.
Depois da longa conversa, os autarcas socialistas disponibilizaram-se para ajudar a encontrar uma saída para a setubalense, que terminou a dar um abraço a Marta Temido.
Marta Temido saúda visita de Zelensky
Quem tem porta de entrada em Portugal é o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que deve aterrar na tarde desta terça-feira em Portugal. Marta Temido vê nesta visita um sinal de que “o caminho de integração” é para continuar, embora lembra que, tal como já dizia António Costa, são necessárias reformas.
“Não são reticências. É um caminho para percorrer com toda a seriedade, garantindo o cumprimento dos critérios de Copenhaga, é um processo baseado no mérito. Da parte da União Europeia a necessidade de adaptação quer dos orçamentos, quer das regras de decisão, quer um conjunto de outros aspetos àquilo que é a integração de mais um estado-membro”, acrescentou.
Até porque a Ucrânia não será um estado-membro de “pequena dimensão”, alerta Marta Temido, embora rejeite “reticências” quanto à adesão do país à União Europeia: “Há, neste momento, um contexto muito específico e que dificulta todo esse trabalho”.
A caravana socialista está na estrada desde as sete da manhã, tem ainda marcado um comício para a hora do jantar, às 20h30, que contará com Pedro Nuno Santos. Será a estreia do secretário-geral socialista na campanha para as europeias, saudada pela cabeça de lista.
“Temos de garantir que também os temas nacionais e a sua ligação aos temas europeus são mantidos. É muito importante ter a presença do secretário-geral”, rematou.