No Parlamento, o ministro da Defesa diz não ter "informações novas" sobre o caso que está sob investigação mas assume ter "todas as garantias que precisava" depois de conversa com o Exército.
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"Não, as Forças Armadas não têm problemas de inventário." O novo ministro da Defesa foi rápido a responder à pergunta do deputado do PSD, Pedro Roque, mas sobre o caso de Tancos pouco adiantou.
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João Gomes Cravinho admitiu que "há efetivamente algumas informações contraditórias" sobre o material furtado dos paióis de Tancos e aquele que foi recuperado, mas justificou a ausência de respostas mais concretas com "limitações na elucidação total" por estar a decorrer um processo judicial.
Ainda antes, na intervenção inicial, perante os deputados, o ministro Gomes Cravinho fez referência a "episódios vividos que foram causadores de incompreensão" e considerou que estes exigem rigor na "identificação das vulnerabilidades" para que o caso não se repita.
Sobre o inventário, o ministro das Finanças disse que obteve "todas as garantias que precisava" em conversa com o chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), Nunes da Fonseca.
O PSD quis saber "as reais razões" para a demissão do anterior CEME, Rovisco Duarte, mas o ministro avisa que não comenta as conversas que tem "entre quatro paredes" com chefes militares.
"O grau de confiança essencial para que eu e os chefes militares possamos fazer o que é da nossa responsabilidade exige um grau de confidencialidade. Não haverá possibilidade de trabalharmos em serenidade, se no momento seguinte a termos uma conversa, venhamos partilhar essa conversa."
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João Gomes Cravinho vai reunir-se "em breve" com as responsáveis pelo Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, e do Sistema de Informações da República, Graça Mira Gomes, que na altura, disseram no Parlamento terem sabido do furto pela comunicação social.