Partidos defendem integração da PJM na Polícia Judiciária mas avisam que este não é momento certo para esse debate.
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O Bloco de Esquerda considera que o caso de Tancos coloca em causa a imagem das Forças Armadas e entende que, publicamente, o ministro da Defesa sai fragilizado.
"A existência deste caso demonstra uma situação muito grave e que afeta a imagem das Forças Armadas. Depois, particularmente, o ministro da Defesa não tem sido feliz na forma como tem lidado com este caso publicamente", defendeu Pedro Filipe Soares no Fórum TSF.
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O líder parlamentar bloquista reiterou ainda que o partido defende a integração da Polícia Judiciária Militar na Polícia Judiciária, defendendo, no entanto, que "este não é o momento para fazer esse debate."
Já o PSD, pela voz de Marco António Costa, defende a mesma ideia, mas deixa um alerta. "No seguimento deste ambiente que está criado pela investigação, nós não devemos fazer uma declaração que perturbe o trabalho que está a ser feito. Também devemos sublinhar que as pessoas que estão a ser visadas têm uma presunção de inocência que não deve ser esquecida", disse.
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Do lado do PS, o deputado Ascenso Simões diz que as apreciações só devem ser feitas depois do processo de investigação estar concluído, sublinhando que a "separação das polícias não foi um impedimento para investigar o caso."
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O Fórum TSF ouviu também Jorge Machado, do PCP, que destacou que a Policia Judiciária Militar tem desempenhado um papel muito importante e não pode de um momento para o outro passar de bestial a besta.
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Por sua vez, Nuno Magalhães do CDS, defendeu que o futuro da PJ Militar deverá ser discutido na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o caso, proposta esta terça-feira pelos centristas.