"Sei que o documento não é de nenhum organismo oficial do Estado português", afirma o primeiro-ministro.
Corpo do artigo
O primeiro-ministro, António Costa, sugere que o relatório citado pelo semanário Expresso que dá conta de falhas graves no caso de Tancos pode ter sido "fabricado".
Em declarações à RTP, em Loulé (Algarve), o primeiro-ministro diz que receia que o relatório "não seja autêntico".
"Não sei a que documento se refere o jornal. Sei que não é de nenhum organismo oficial do Estado português", afirma o primeiro-ministro.
TSF\audio\2017\09\noticias\24\antonio_costa_4_documento_fabricado
Por outro lado, Costa critica o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, por ter comentado uma notícia cuja autenticidade não confirmou.
António Costa considera ainda que esta polémica já fez uma primeira vítima: a credibilidade da informação.
Forças Armadas negam existência de relatório
O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) negou este sábado a existência de "qualquer relatório" sobre o furto de armas em Tancos.
"Relativamente à notícia hoje [sábado] publicada pelo jornal Expresso intitulada "relatório explosivo sobre Tancos arrasa poder político e militar" e que está a ter eco em outros órgãos de comunicação social, vem o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) informar que o seu Centro de Informações e Segurança Militar (CISMIL) não produziu qualquer relatório sobre o assunto", lê-se no comunicado enviado à TSF. Posteriormente, o Exército também negou a existência de um relatório sobre Tancos.
O semanário Expresso noticia este sábado que um relatório dos serviços de informações militares sobre o furto de armas em Tancos "arrasa ministro e militares".
Por seu lado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou este sábado comentar relatórios confidenciais, mas reafirmou que os portugueses querem saber a verdade sobre Tancos.
"O que digo sobre esse caso é sempre o mesmo: os portugueses esperam e o Presidente da República espera que haja o apuramento de uma realidade que é muito importante", afirmou.