Temido ensina a rabiscar Assis e Ana Catarina, e recebe apoio do preterido Pedro Marques
O antecessor de Marta Temido como cabeça de lista do PS juntou-se à caravana. Vai deixar Bruxelas por decisão de Pedro Nuno
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Pelas ruas da Guarda, o anterior cabeça de lista do PS às eleições europeias, Pedro Marques, juntou-se à caravana socialista. O ainda eurodeputado (mas por pouco tempo) garante que o partido está “unido” para as eleições, apesar de toda a delegação socialista ter sido riscada por Pedro Nuno Santos para um novo mandato no Parlamento Europeu.
Dos dez pontos de agenda do PS, nesta sexta-feira, dedicada aos distritos de Castelo Branco e da Guarda, o penúltimo ponto foi dedicado à população, no principal jardim da cidade mais alta de Portugal, com Marta Temido bastante ativa na distribuição de panfletos de campanha.
Sobressai a cor azul e os três principais candidatos do partido (Marta Temido, Francisco Assis e Ana Catarina Mendes). Para uns, os panfletos servem de apelo ao voto, mas para os mais novos são material de desenho. A cabeça de lista ensinou até uma criança a desenhar “bigodes” a Francisco Assis e “um laço na cabeça” a Ana Catarina Mendes.
Entre sorrisos e conversa descontraída, Marta Temido rejeita que exista pressão, na Guarda, com a presença de Pedro Marques. O eurodeputado foi responsável por um dos melhores resultados do PS em europeias, com a eleição de nove mandatos.
“É um reforço positivo para esta campanha. Na verdade, os nossos eurodeputados prestigiaram-nos muito com o trabalho que fizeram e tiveram um magnífico resultado eleitoral nas últimas europeias. É muito bom contar com o Pedro Marques e já ontem tivemos a oportunidade de contar com o Carlos Zorrinho”, lembrou.
Carlos Zorrinho esteve com a comitiva em Évora, Pedro Marques pica o ponto na Guarda. Foi excluído da lista, mas não se dá como vencido. Garante, por outro lado, que contribui para a união do partido a pensar em 9 de junho.
“O que é mais importante é dizermos aos portugueses que estamos absolutamente unidos por um objetivo: mais Europa. Estou aqui exatamente para que as pessoas percebem o quão unido estamos, mas pelo PS e, sobretudo, pela Europa”, afirmou.
Uma Europa sem o avanço dos partidos de extrema-direita, é o que pede Pedro Marques, numa altura em que o Partido Popular Europeu admite negociar com os partidos mais conservadores para garantir lugares nos principais órgãos europeus.
Pedro Marques garante ainda que está disponível “para servir” e “gostava muito que a Europa continuasse a avançar”. É essa a preocupação do ainda eurodeputado, que afasta quezílias por não continuar em Bruxelas com um mandato no Parlamento Europeu.