Presidente da mesa do Conselho Nacional acredita que Rui Rio sai fortalecido com este resultado, bem como o PSD.
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Paulo Mota Pinto foi o protagonista mais criticado durante o Conselho Nacional do PSD, principalmente devido à questão da votação secreta ou de braço no ar. Depois de o conselho de jurisdição ter abandonado a sala por não ter sido ouvido, o presidente da mesa do conselho nacional resolveu dar a palavra aos conselheiros e, de braço no ar, ver quem pretendia o voto secreto. Esta opção venceu e a moção de confiança foi mesmo votada desta forma.
"Tenho a consciência perfeitamente tranquila em relação ao que fiz, quer no plano político, quer no plano jurídico", disse Paulo Mota Pinto à TSF, à saída do Hotel Porto Palácio, explicando que "os estatutos não preveem competências do conselho de jurisdição, porque um órgão não pode interromper o funcionamento de outro órgão enquanto ele está a decorrer".
Apesar disso, o presidente da mesa sublinha que "a via de votação seguida foi a mesma via que foi defendida pelo conselho de jurisdição, portanto a votação foi secreta, por deliberação do conselho nacional".
Mota Pinto acredita que este resultado mostra que "o reforço é evidente e não pode ser contrariado". "Em termos políticos penso que também tomou a iniciativa de apresentar uma moção de confiança e mesmo em votação secreta teve um reforço", acrescentou.
Em relação ao futuro, o presidente da mesa considerou que vários conselheiros, tanto apoiantes de Rui Rio como de Luís Montenegro, disseram que "no dia seguinte qualquer que fosse o resultado estariam com o líder", como tal, Mota Pinto defende que o líder social-democrata "sai com certeza mais unido do que estava antes".