Ou isso, ou a justiça portuguesa age com base em suposições e narrativas pouco sólidas. A convicção é de Pedro Adão e Silva, comentador do programa da TSF, Bloco Central.
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Qualquer que seja o cenário, "é verdadeiramente dantesco", diz Pedro Adão e Silva sobre o processo que envolve José Sócrates. Na semana em que foi conhecida a acusação do Ministério Público da Operação Marquês, o comentador de política da TSF considera que "alguém que foi primeiro-ministro não pode ter comportamentos deste tipo, ética e politicamente condenável."
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No programa Bloco Central, o comentador da TSF afirmou que "das duas uma, ou Portugal foi governado por um sociopata ou o sistema de justiça age com base em suposições e narrativas pouco sólidas". Qualquer um dos cenários "é verdadeiramente dantesco", diz.
PS sai manchado com comportamento de Sócrates
Quanto às consequências deste processo para as instituições, Pedro Adão e Silva não tem dúvidas que elas devem ser protegidas. "Que José Sócrates não esteja preocupado com o seu bom nome, com o bom nome da mãe, dos filhos, é um problema dele. O problema é não defender as instituições que representou" afirma o comentador. Uma dessas instituições que sai afetada, diz Pedro Adão e Silva, é o Partido Socialista, acrescentado que "haverá um momento em que o PS terá que fazer uma reflexão sobre esta questão. O Partido Socialista, enquanto instituição sai manchado por este comportamento de José Sócrates".
Pedro Marques Lopes lembra que, neste momento, "todos os arguidos que foram acusados ainda não foram condenados" e que é preciso manter a presunção de inocência. O que não lhe retira a convicção de que "é relativamente evidente que o dinheiro era de José Sócrates. Acho muito difícil negá-lo".