'Ti Celito' está de partida, mas promete voltar "em breve". É um "até logo", Angola
O Presidente da República terminou a visita oficial a Angola, mas deixou a certeza de que os angolanos o voltarão a receber um dia destes.
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Marcelo Rebelo de Sousa despediu-se este sábado de Angola com um "até logo" e prometeu voltar "em breve", agradecendo "o acolhimento caloroso sentido".
No dia em que cumpre três anos de mandato como Presidente, o chefe de Estado rejeitou que tenha sido o "seguro de vida" do Executivo liderado por António Costa, garantindo que "o seguro de vida do Governo foi a sua base de apoio parlamentar e aquilo que fez ao serviço do país".
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Durante uma conferência de imprensa de balanço da visita de Estado aquele país, no final de um encontro com a comunidade portuguesa na Escola Portuguesa em Luanda, o Presidente da República salientou que "jamais pensou questionar a estabilidade da legislatura através de crises políticas ou incidentes de percurso", referindo que Portugal viveu nos últimos anos "um período particularmente sensível para a economia, para as finanças e para o crescimento económico do país".
Ainda sobre a dívida de Angola a Portugal, o Presidente afirmou uma dívida entre amigos "não é problema que seja insolúvel". "Entre amigos há uma característica fundamental, cada um dos amigos faz os impossíveis para pagar aquilo que deve ao outro amigo e esses processos cumulam-se no tempo. Quando há algum problema a solucionar entre amigos, isso vai-se solucionando o mais rapidamente possível, não é problema, a amizade tem essa virtualidade", garantiu Marcelo.
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Questionado pelos jornalistas sobre se três anos lhe pareceram "muito ou pouco tempo", Marcelo referiu: "Para aquilo que eu penso que é a missão a cumprir, ainda só são três anos. Para o muito que foi vivido neste tempo político, já são três anos."
Instado pelos jornalistas a revelar se já decidiu avançar para um segundo mandato, mantém o que sempre tem dito - "que ainda não pensou" - e não revelou se gostaria de voltar a ter João Lourenço como seu homólogo em Angola.
Já no que toca ao afeto que portugueses e angolanos sentem por si, Marcelo preferiu dizer: "Isso eu não sei. Tem de perguntar aos angolanos e aos portugueses e, depois eles encontram-se, podem fazer uma troca de pontos de vista e dizer se é mais amado ou mais desamado."