"Todos anseiam" pelo fim do mandato de Carlos Costa. "Provavelmente até o próprio"
Carlos César diz que não cederá à "política do espetáculo" e pedir a exoneração do governador do Banco de Portugal. Até porque mais depressa terminará o seu mandato.
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É "um problema de ineficácia", diz Carlos César: mesmo que se avançasse desde já para a exoneração do governador do Banco de Portugal, o processo só estaria concluído perto da data do fim do mandato.
"Todos, provavelmente até o próprio, anseiam por esse momento", diz Carlos César esta quarta-feira no programa da TSF Almoços Grátis, referindo-se ao fim do mandato de Carlos Costa, em maio de 2020.
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"Não podemos pôr o carro à frente dos bois", acrescenta, lembrando estão a decorrer investigações à alegada intervenção do governador do Banco de Portugal em créditos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) quando este era administrador do banco público, entre 2004 e 2006.
Para o socialista, "pedir uma exoneração de A e B à menor das circunstâncias é ceder à política do espetáculo", ainda que desempenho de Carlos Costa tenha sempre deixado muito a desejar.
"Infelizmente o governador do Banco de Portugal teve sempre um desempenho marcado pela passividade", considera. A "fragilidade" a que que agora está sujeito é "idêntica à que já revelou no passado".
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Para David Justino, o pedido de exoneração "não é desejável". O melhor é aguardar o esclarecimento, em comissão de inquérito parlamentar, das responsabilidades nos créditos concedidos pela Caixa.
"Já não estamos no tempo dos julgamentos sumários, nem na praça pública", condena o social-democrata. Se há uma "lição" a tirar deste caso, diz respeito ao "problema de recrutamento" do governador de Portugal.
Faz falta uma alternativa a "encontrar supervisores entre os supervisionados" e uma maior ponderação na escolha de um "perfil" indicado para o cargo.
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Em linha com o vice-presidente da direção do PSD, Carlos César defende que é essencial um "acompanhamento mais minucioso" de várias entidades na nomeação do próximo governador do Banco de Portugal.
A "certificação da idoneidade daqueles que estão nomeados" deve passar, defende por exemplo, também pelo Banco Central Europeu.
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Com Anselmo Crespo e Nuno Domingues