Tragédia de Pedrógão só se repetiria "num contexto completamente caótico"
Carlos César defende que a análise do relatório da comissão técnica independente sobre os incêndios não têm como objetivo principal procurar culpados.
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Carlos César considera que um incêndio com a dimensão do de Pedrógão Grande só poderia, eventualmente, vir a repetir-se no futuro mediante "circunstancias muito infelizes e num contexto completamente caótico".
"O país esta melhor preparado agora do que estava quando aconteceram estes incêndios, e sobretudo mais sensibilizado", considerou o socialista no programa da TSF "Almoços Grátis".
Luís Montenegro discorda. Diz que "ainda não" há motivos para os portugueses ficarem mais tranquilos.
O social-democrata aplaude o trabalho da comissão técnica independente, cujo relatório para a análise dos incêndios de 14 a 16 de outubro do ano passado, que provocaram 49 mortes, começa esta quarta-feira a ser debatido no Parlamento.
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"Temos de procurar que os incêndios sejam menores e não tenham as mesmas consequências", apelou, destacando a necessidade de investir na "capacidades de prontidão" na prevenção e combate aos fogos.
O que falhou? Para Carlos César "houve um acumular de condições". Não estamos a falar de "um fenómeno qualquer", foram os maiores incêndios da Europa no outono, lembra. Mas foi também "combustível a inação de ordenamento e planeamento" e uma "falta de cultura de Proteção Civil no país".
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