"Tudo em aberto." CDS reúne com Miguel Albuquerque para negociar acordo de coligação ou incidência parlamentar

O líder do CDS-PP/Madeira, José Manuel Rodrigues, assumiu esta segunda-feira que tem uma reunião agendada para a tarde com Miguel Albuquerque, onde os dois partidos irão negociar um acordo para a governabilidade da região autónoma.

"Eu já falei com Miguel Albuquerque telefonicamente e ficámos de reunir ao fim da tarde para tentar um acordo que permita dar um governo para quatro anos à Madeira, que é aquilo que a região necessita. Eu acho que a grande mensagem que foi transmitida ontem pelos eleitores, que, aliás, foram muito mais do que aqueles que se esperava que fosse votar, a abstenção até diminuiu, a mensagem é de que os partidos se devem entender em nome da estabilidade política e da governabilidade da região, que tem sido afetada nos últimos 18 meses por crises políticas atrás de crises políticas", revelou o líder regional centrista em declarações à RTP.

O objetivo do CDS-PP é que as suas propostas sejam tidas em conta no próximo governo regional, mas os termos do acordo estão "em aberto".

"Há distinções entre os dois partidos, as coligações não são fusões, temos perspetivas diferentes e acho que será possível. Vamos tentar negociar um acordo no sentido de o próximo governo regional, independentemente da sua composição e dos seus membros, possa contemplar propostas que o CDS considere essenciais, designadamente as relacionadas com a redistribuição do crescimento económico, da riqueza (...) O acordo pode ser de incidência parlamentar e pode ser acordo de coligação. Está tudo em aberto. Vai depender da conversação que terei com Miguel Albuquerque ao fim da tarde", adianta.

Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD obteve 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares (mais quatro) na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.

O Juntos Pelo Povo (JPP) alcançou 30.094 votos (21,05%) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS passou de segundo para terceiro lugar, com 22.355 votos (15,64%) e oito lugares, seguido do Chega, que elegeu três deputados, a Iniciativa Liberal (IL) e o CDS-PP, que obtiveram um cada.