O presidente honorário do PS, Almeida Santos, acredita que Portugal está perto de ter um governo de esquerda e sublinha que a "experiência" de uma coligação à esquerda "deve ser feita".
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"Acho que é uma experiência que deve ser feita", disse Almeida Santos quando questionado sobre o rumo das negociações e conversações do PS e dos seus dirigentes com as várias forças políticas no rescaldo das legislativas de 04 de outubro.
O socialista falava aos jornalistas no Centro Cultural de Belém à entrada para a apresentação oficial de Maria de Belém como candidata às presidenciais de janeiro de 2016.
"Eu sou de esquerda. De direita é que não sou", acrescentou ainda, quando questionado sobre o que pensa sobre um eventual executivo que junte o PS a CDU [PCP e "Os Verdes"] e Bloco de Esquerda.
O caminho negocial à esquerda é "possível" e "talvez garanta melhores resultados do que tem garantido o Governo de direita", notou Almeida Santos.
Menos otimista sobre este caminho é João Proença, que pertenceu ao Secretariado Nacional da direção de António José Seguro, e que disse que a "prioridade" devia ser a de um "entendimento" do PS com PSD e CDS-PP.
Proença disse ter "muitas dúvidas" sobre a viabilidade de um Governo de coligação de esquerda: "Não haverá verdadeiramente um Governo de esquerda, antes um Governo minoritário do PS", sustentou.