UGT avisa que se entendimento estabelecido com anterior Governo cair "não vale a pena assinar mais acordos"
A Concertação Social reúne-se pela primeira vez com o Governo de Luís Montenegro.
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A UGT avisa que se caírem os entendimentos estabelecidos com o anterior Governo, a central sindical dificilmente assinará novos acordos. O secretário-geral da UGT deixa o alerta no dia em que a Concertação Social se reúne pela primeira vez com o Governo da AD.
A central sindical assinou um acordo com os parceiros sociais em outubro de 2022. Apenas a CGTP ficou de fora, mas Mário Mourão avisa que se o atual Governo quiser deixar cair o acordo, a UGT também terá dúvidas em assinar mais entendimentos com o Executivo.
"Estamos um pouco relutantes na assinatura de novos acordos, porque sempre que há um governo não podemos começar de novo. Há compromissos que foram assumidos. Quer dizer, se tudo isto cai e tem um ano e tal de em vigor, então não vale a pena assinar acordos. Portanto, vamos ver. Eu acho que não é para isto que o atual Governo também vem e estou expectante de que o atual Governo quer, de facto, reforçar a Concertação Social e assim esperamos", afirma, em declarações à TSF.
Além da ministra do Trabalho, o encontro vai contar com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro. O secretário-geral da UGT adianta as expectativas para a reunião desta tarde.
"Esperemos que o Governo venha com disponibilidade para aprofundar o diálogo social. Que tenha o espírito de respeito por todos os acordos celebrados com o Governo no âmbito da concertação social, continuar o aumento dos salários e, em especial, do salário médio e, portanto, estamos aqui abertos e expectantes de que este início de negociação e de abertura do diálogo social com o atual governo possa vir a melhorar aquilo que são os acordos que foram feitos anteriormente", acrescenta.
A reunião da Concertação Social está marcada para as 15h00. A agenda oficial do encontro indica que serão abordados "outros assuntos", além da apresentação de cumprimentos institucionais, sem detalhar um tema em concreto. Esta reunião da Concertação Social é também a primeira desde que, no final de fevereiro, Tiago Oliveira sucedeu a Isabel Camarinha como secretário-geral da CGTP.