À entrada para a reunião da Comissão Nacional, Carlos César indicou que as negociações continuam lembrando que um acordo para quatro anos não é fácil de alcançar. Por seu turno, Álvaro Beleza voltou a defender que um governo de esquerda deve ter representantes de todos os partidos
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O presidente do PS afirmou este sábado que "prosseguem" as negociações com o PCP para a formação de um Governo alternativo ao da coligação PSD/CDS, dizendo que os socialistas têm como preocupação central um acordo para uma legislatura.
Carlos César falava à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, que apreciará a proposta de Governo socialista, tendo como suporte parlamentar o Bloco de Esquerda, o PCP e "Os Verdes".
"As negociações com os partidos, designadamente com o PCP prosseguem, dando nota daquilo que é uma preocupação muito grande do PS: Um acordo para uma legislatura não é um acordo qualquer, deve ser aprofundado e que todo o tempo deve ser usado para que seja estável, credível e duradouro", salientou o presidente e líder parlamentar do PS.
Já António Costa, não quis falar aos jornalistas. Disse apenas que o PS "é um partido livre e não está refém" de nenhum partido.
Por seu turno, o dirigente socialista Álvaro Beleza, um dos críticos da linha seguida pelo líder do partido considerou frágil e instável a solução de um Governo do PS, com PCP e Bloco de Esquerda ausentes do executivo, e defendeu um referendo aberto a simpatizantes do partido.
"Só se garante a estabilidade com todos os partidos no Governo. Não há coligações nos regimes parlamentares da Europa sem os partidos que suportam o Governo nesse mesmo executivo", declarou Álvaro Beleza, antes de vincar que o PCP nos últimos 40 anos e o Bloco de Esquerda nos últimos 15 anos "fizeram do PS o seu inimigo principal".