No congresso do último fim de semana, o partido Livre definiu a estratégia até às eleições, mas não a estratégia eleitoral. Uma estratégia explicada por Pedro Mendonça, porta-voz do Livre, no Almoço TSF.
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O partido que sugeriu uma aliança pós eleitoral das esquerdas, antes das eleições de 2015, continua a acreditar que o voto útil é o voto nas convicções.
No último fim de semana, realizou-se o congresso do partido Livre, que elegeu os órgãos diretivos até 2020, e a moção que aponta o caminho politico, assente numa frase: "Uma esquerda verde para construir o futuro".
Pedro Mendonça, porta-voz do Livre e membro do grupo de contacto (o órgão executivo do partido), garantiu, no Almoço TSF, que os membros e apoiantes do Livre já aceitaram a não eleição de deputados nas últimas eleições, mesmo defendendo a solução politica que só o partido defendeu.
Caracterizando o Livre como um partido de esquerda ecologista e europeísta, Pedro Mendonça explicou que essas serão duas das bandeiras a carregar nos próximos tempos.
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O porta-voz do partido Livre assume que há dificuldades na comunicação do partido porque a lei protege apenas os grupos políticos que estão representados na Assembleia da República.
Sobre os temas a que o partido quer dar destaque, Pedro Mendonça realça a ecologia, e aproveita para criticar a falta de presença política do outro partido ecologista, "Os Verdes", a propósito do dossiê Almaraz. Pedro Mendonça queria que o PEV tivesse uma voz mais forte, no âmbito da aliança que apoia o governo, quanto à transformação da central nuclear espanhola em depósito de resíduos.
No Almoço TSF, o porta-voz do Livre elogiou o Partido Pessoas, Animais Natureza (PAN) pela argumentação usada na oposição às alterações à lei do financiamento dos partidos.