Luís Filipe Rocha rodou, em 1976, a longa metragem "A Fuga", contando a história de Dias Lourenço quando conseguiu escapar da prisão de Peniche. Estreia da nova cópia digital do filme vai ser apresentada, em sessões contínuas, na abertura do museu Resistência e Liberdade.
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Era para ser uma série, mas por falta de orçamento acabou a ser uma longa metragem. Eram várias fugas, mas passou apenas a uma bastante emblemática: a fuga de António Dias Lourenço da prisão de Peniche, em 1954. O filme "A Fuga", do realizador Luís Filipe Rocha, ganha uma nova vida a partir deste fim-de-semana com sessões contínuas na abertura do novo museu nacional Resistência e Liberdade.
Em frente ao "segredo", uma zona de celas solitárias no forte de Peniche, a TSF encontrou o cineasta Luís Filipe Rocha para uma conversa sobre o filme, mas que se alonga pelo cinema português no pós-revolução e também com um olhar para o futuro.
O ponto de partida da conversa é precisamente a fuga solitária, pelo mar, do dirigente comunista António Dias Lourenço e que foi rodada pelo cineasta em 1976, tendo feito depois o "circuito alternativo" por várias zonas do país.
Agora, inserido na programação especial do novo museu, o filme vai ser apresentado em sessões contínuas neste fim de semana inaugural e vai também ser apresentado em Coimbra, Guimarães, Lisboa, Vila Franca de Xira, Évora e Porto, no âmbito do projeto FILMar da Cinemateca Portuguesa.