Flores, lugares e até slogans têm marcado as homenagens dos últimos dois dias a Mário Soares.
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"Soares é fixe": Foi o slogan da campanha eleitoral de 1986. Invadiu t-shirts, cartazes, autocolantes, calendários, bandeiras ou crachás; ontem, voltou a ouvir-se "Soares é fixe" nas ruas por onde passou o cortejo fúnebre.
Cravo vermelho: foi esta a flor que Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, escolheu para homenagear Soares na Praça do Município. O cravo de Abril, o cravo da Liberdade.
Rosas vermelhas: A urna estava rodeada por rosas brancas, a família trazia rosas amarelas, mas foram muitas as rosas vermelhas, símbolo do Socialismo. A rosa foi adotada pelo Partido Socialista francês no tempo de "son ami" Mitterrand e mais tarde pelo PS em Portugal.
Paços do Concelho: Soares assumia-se um Republicano. Foi nos Paços de Concelho que a 5 de Outubro de 1910, às 11h, foi proclamada a República. Este foi um dos principais pontos do cortejo fúnebre de ontem.
Mosteiro dos Jerónimos: É o local que recebe funerais de Estado, mas foi também aqui que Mário Soares assinou o Tratado de Adesão à CEE a 12 de junho de 1985.
Sala dos Azulejos: ou Refeitório dos Frades, no Mosteiro dos Jerónimos. É aqui que está a urna de Mário Soares e não na capela. Soares afirmava-se como "um homem laico".
Casa do Campo Grande: A casa da família Soares, na Rua Dr. João Soares, pai do antigo Presidente da República, também ele um resistente. É lá que fica o Colégio Moderno, que fundou, e foi o ponto de partida do cortejo.
Sede do Rato: A sede do Partido Socialista. O cortejo passará por lá e fará uma paragem, em homenagem ao fundador do Partido Socialista.