Augusto Santos Silva diz no Bloco Central da TSF que a renovação da fórmula com a esquerda "implica a densificação das áreas em que há acordo e o nível de empenhamento" dos envolvidos.
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Santos Silva considera que "qualquer que seja a dimensão da vitória do PS", a reedição da atual "fórmula política", "implica a densificação das áreas em que há acordo e o nível de empenhamento.
"Nós temos que nos entender sobre áreas mais próximas das políticas estruturais do Estado, temos que densificar o nosso nível de acordo. Em 2015, concordamos em dizer "Não" à direita,"Não" ao fundamento da política austeritária e dizer "Sim" à reposição da normalidade constitucional. Isso chegou para esta legislatura. Chegará para a próxima? Acho que não", avisa Augusto Santos Silva, em declarações no programa Bloco Central da TSF.
Entre as áreas onde deve existir esse entendimento estão " as áreas europeias, a reforma da Segurança Social, a legislação laboral", enumera o dirigente socialista para quem a "esquerda aprendeu com o erro de 2011 de ser bengala da direta" (no chumbo ao PEC 4) e o PS "recusou ser bengala da direta" depois das últimas legislativas.
Augusto Santos Silva elogia "o enorme contributo"do PCP e do BE para a "estabilidade política e social", considerando que estes dois partidos "podiam legitimamente reclamar a sua parte" no sucesso nas metas europeias.
Sobre o período de governação dos últimos anos, Santos Silva considera que "tem havido uma aprendizagem" no relacionamento entre os quatro partidos que sustentam o executivo socialista.