Assunção Cristas confirmou o voto contra do CDS e anuncia medidas que vão desde a "tributação zero para horas extraordinárias", a descida do ISP ao estatuto fiscal para o interior
Corpo do artigo
A presidente do CDS, Assunção Cristas, defendeu, esta segunda-feira, que o Orçamento do Estado para 2019 é "uma oportunidade perdida, um orçamento enganador e que exige alternativa", confirmando o voto contra dos centristas na votação na generalidade.
"O CDS confirma o voto contra", disse a líder centrista, em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, salientando que o partido vai "continuar a fazer uma oposição construtiva", apresentando alternativas.
"Este orçamento corta o bolo, mas não trata de fazer crescer o bolo", descreve a presidente do CDS, insistindo que o documento "não nos dá garantias quanto a um futuro em que possamos crescer melhor".
TSF\audio\2018\10\noticias\22\raquel_de_melo_assuncao_cristas_13h
Admitindo que tem "uma expectativa muito baixa" em relação à eventual aprovação por parte "das esquerdas unidas", Cristas garantiu que o CDS vai propor medidas alternativas ao OE nas áreas da demografia, do território e da economia.
Alterações "ao quociente familiar, aumento da ação social escolar no Ensino Superior, fim da sobretaxa no ISP", são algumas das propostas do CDS, a que se juntam "o estatuto de benefício fiscal para o interior" e a proposta de "tributação zero para as horas extraordinárias".
Cristas acusa Governo de não valorizar segurança
Questionada sobre as críticas dos sindicatos da polícia ao ministro da Defesa, a líder centrista comentou, esta manhã, a reportagem da TSF que dá conta das dificuldades dos agentes em conter a pequena criminalidade em Lisboa.
Assunção Cristas referiu a "enorme frustração [dos polícias] por não conseguirem ver o resultado do seu trabalho", pois a legislação permite que os infratores "sejam detidos e identificados, mas voltem logo a seguir para a rua".
TSF\audio\2018\10\noticias\22\assuncao_cristas_seguranca_13h
"Quando se instala esta ideia de que a área da segurança merece críticas por parte do Governo (...), de facto há algo de mal no Estado, um Estado que é governado pelas esquerdas unidas que não cuidam, não olham e não valorizam estas áreas que dizem respeito ao núcleo da soberania e da existência de um país".