O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considera que o atual governo "exorbitou competências" e abriu um "conflito institucional" porque "pôs em causa a Presidência da República".
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No final do encontro com Cavaco Silva, no Palácio de Belém, Arménio Carlos disse aos jornalistas que a venda da TAP tinha sido abordada na conversa com o chefe de Estado e defendeu que "um executivo em gestão não tem competências para assumir uma responsabilidade desta natureza".
A CGTP defende que o governo deveria ter deixado a venda da TAP para o próximo executivo e questiona a pressa na privatização. "É interessante. Na TAP avançou rapidamente, mas no Novo Banco deixou o processo para quem vier atrás", acrescentou o secretário-geral da central sindical.
Sobre o atual momento político, Arménio Carlos pediu a Cavaco Silva que "tenha em consideração a proposta que o Partido Socialista fez para avançar com um governo, dado que é suportado por uma maioria na Assembleia da República", sendo para a CGTP a "única solução" para resolver os atuais problemas do país.
Para a central sindical, "um governo de gestão ou de iniciativa presidencial seriam sempre soluções provisórias" e, por isso, instáveis.