
Ana Peixoto Fernandes/TSF
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O presidente do Chega, André Ventura, defendeu esta quarta-feira que o partido que lidera “não vai alinhar” num referendo sobre o aborto.
André Ventura, que falava à chegada a um almoço comício em Viana do Castelo, disse aos jornalistas que “enquanto for" presidente, o Chega "não promoverá o regresso a uma lei que já não funcionava muito bem" e que, na sua perspetiva, "não resolve os problemas”.
“É uma posição minha, pessoal e já a disse várias vezes”, vincou, admitindo: “Sei que muita gente no partido entende diferente. A minha posição é que este é um assunto que a sociedade portuguesa não deve voltar a referendar na perspetiva de voltar a criar uma penalização. Tenho de ser coerente com aquilo que sempre disse, sou contra um regresso à penalização da interrupção voluntária da gravidez”, declarou, comentando as declarações de Paulo Núncio, vice-presidente do CDS-PP (um dos três partidos quem compõem a AD), que defendeu a realização de um novo referendo ao aborto, durante um debate promovido pela Federação Portuguesa pela Vida, na campanha eleitoral.
“Isso não está no nosso programa e entendemos que a discussão não deve ser trazida neste momento”, concluiu.
André Ventura está esta quarta-feira num almoço-comício em Viana do Castelo com algumas centenas de apoiantes e ao lado de Eduardo Teixeira, cabeça de lista do Chega pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo que deixou o PSD, partido no qual militou durante mais de duas décadas e pelo qual foi deputado e, nos últimos anos, vereador na câmara municipal de Viana.
Na autarquia continua a ocupar o cargo com o independente após ter assumido a candidatura.
