Ventura diz que "milhares de e-mails" foram apagados das caixas de correio dos deputados "sem consentimento"
Em conferência de imprensa na sede do partido, André Ventura disse que irá questionar o presidente da Assembleia da República sobre esta questão
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O líder do partido, André Ventura, disse esta quinta-feira que foram apagados das caixas de correio dos deputados, "sem o seu consentimento", "milhares de e-mails" de cidadãos manifestando-se contra as alterações a lei do aborto propostas pela esquerda.
Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura indicou que os serviços da Assembleia da República sustentaram que esta situação "procurou evitar a sobrelotação das caixas de correio dos deputados". Não satisfeito com esta justificação, disse que irá questionar o presidente da Assembleia da República sobre esta questão, no arranque do plenário desta quinta-feira.
O presidente do Chega defendeu que "pode representar, para além de um crime, uma intromissão absolutamente inaceitável na privacidade e no domínio da informação de cada um dos deputados" e indicou que "dará conhecimento ao Ministério Público do que aconteceu".
Sobre a lei dos solos, o Chega viabilizará alterações que promovam a flexibilização da construção de novas habitações a preços controlados e a “alteração dos perímetros dos terrenos, nomeadamente em solos rústicos” desde que o Governo e os partidos que o sustentam estejam “dispostos a garantir algumas alterações moderadas no seu conteúdo que visem acautelara a aceitabilidade dos preços da habitação” e seja criada “uma plataforma nacional anticorrupção” para o setor imobiliário.
Nesta conferência de imprensa, André Ventura foi também questionado sobre a intenção que manifestou de ser candidato nas eleições presidenciais do próximo ano e confirmou que essa candidatura será apresentada no dia 28 de fevereiro, em Lisboa.
O presidente do Chega referiu que quer levar a candidatura "até ao fim" e que ainda não decidiu se suspenderá o mandato de deputado durante a campanha eleitoral.
Questionado sobre declarações suas em que disse que o seu foco era ser primeiro-ministro, respondeu que esse objetivo não mudou mas "vai haver uma eleição, que vai ter uma disputa à direita, e o Chega quer estar nessa disputa".
Ventura manifestou também convicção de que passará a uma eventual segunda volta das presidenciais e que gostaria de a travar "com qualquer um" dos candidatos.
