Vieira da Silva ao lado de Pedro Nuno Santos: discurso alinhado contra "alarme" do Governo sobre Segurança Social
O antigo ministro garante que não vai regressar à vida política ativa, seja como deputado ou governante
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Depois de Pedro Nuno Santos, também o antigo ministro José António Vieira da Silva alerta para uma possível reforma da Segurança Social e critica a postura do Governo que colocou o tema em cima da mesa por um aparente desequilíbrio das contas públicas. Antigo ministro, destacado socialista, José António Vieira da Silva é uma voz ativa no PS: crítico interno de Pedro Nuno Santos, coloca-se agora ao lado do secretário-geral.
Vieira da Silva sentou-se, de resto, ao lado de Pedro Nuno Santos numa sessão sobre “trabalho, salários e segurança social” para a atualização do programa eleitoral socialista. Em tempo de campanha eleitoral, o PS junta os militantes destacados, e mesmo os desalinhados acolhem o convite “com muito prazer”.
O antigo ministro garante, no entanto, que não vai regressar à vida política ativa, seja como deputado ou governante. Essa fase “já ficou para trás”, mas Vieira da Silva sente que é “um dever” ajudar o PS no combate eleitoral.
Uma ajuda para Pedro Nuno Santos, nos próximos tempos, com José António Vieira da Silva a subir o tom para deixar várias críticas ao Governo de Luís Montenegro. À cabeça, a possível reforma da segurança social.
“As vozes que se ergueram dizendo que, afinal, a Segurança Social não é tão sustentável quanto dizem, contribuem sempre para o alarme”, lamenta, avisando que o “alarme é o maior inimigo” para a sustentabilidade da segurança social.
Além de críticas ao Governo, Vieira da Silva deixa conselhos ao próprio partido, para que defina como tema na campanha eleitoral o combate à pobreza. E há já uma meta definida: a subida dos salários.
“A nossa preocupação é crescer, sim, o salário mínimo, mas também - e foi esse o Acordo de Rendimentos que foi celebrado há uns tempos - o salário médio possa ter uma evolução positiva, porque é isso que garante maior equilíbrio e maior coesão social”, acrescenta.
Quanto a propostas concretas, ou “ovos”, como lhe chama José António Vieira da Silva, “só chegam mais próximo da Páscoa”. E a quadra está aí à porta, semanas antes do arranque da campanha eleitoral.