"Vitória tem de ser ouvida por Marcelo." Ventura diz que PSD é irresponsável se não houver Governo de direita

Paulo Spranger/Global Imagens
"Nós encetaremos todo o esforço possível para ter um governo alternativo ao PS nos próximos anos. Desta vez, o povo pediu à direita para governar. O nosso mandato é para governar Portugal nos próximos quatro anos", considera.
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O presidente do Chega, André Ventura, diz que ainda não se sabe como é que "esta noite vai ficar na História", mas reitera que "esta é a noite em que acabou o bipartidarismo em Portugal".
"O Chega ultrapassou historicamente um milhão de votos em Portugal", realça o líder da extrema-direita, dizendo que "é uma vitória que tem de ser ouvida no Palácio de Belém, onde o Presidente da República tentou à última hora condicionar o voto dos portugueses".
André Ventura lamenta-se por o Chega ser "o partido mais perseguido" no país, acusando jornalistas e comentadores de tentarem descredibilizar o partido, apontando também o dedo às empresas de sondagens.
"Na terra de Aníbal Cavaco Silva, em Boliqueime, o Chega venceu as eleições, por isso, Cavaco, aparece mais vezes", ironiza.
Realçando o facto de o Chega ter sido o partido mais votado em Faro, André Ventura pede que o país tire as conclusões: "O nosso grande adversário, o PS, perdeu estas eleições. O PSD, coligado com o CDS, ficará igual ou pouco acima do que teve Rui Rio em 2022. Por isso, só há um dado de crescimento nestas eleições. O Chega quadruplicou os resultados eleitorais."
Quanto à governabilidade, Ventura diz que "há uma maioria clara com o Chega e o PSD", independentemente de quem vença. "Só um líder e um partido muito irresponsável deixará o PS governar quando temos na mão a possibilidade de fazer um governo de mudança", analisou, dizendo que o Chega "pediu para ser uma peça central e conseguiu".
"Nós encetaremos todo o esforço possível para ter um governo alternativo ao PS nos próximos anos. Desta vez, o povo pediu à direita para governar. O nosso mandato é para governar Portugal nos próximos quatro anos", disse.
O líder do Chega diz que o país fez "um ajuste de contas a História pós-25 de Abril", ao reduzir a "extrema-esquerda à insignificância", dizendo que esses partidos "sequestraram" instituições e redações.
"Claro que o PSD pode não o fazer e ceder ao PS como sempre fez. Mas digo-vos que está escrito nas estrelas que esta força nacional, não sei se daqui a seis meses, a um ano ou a dois, vai mesmo vencer as eleições", afirma.