Vitorino ou Seguro? Pedro Nuno “fará o que estiver ao seu alcance” para que PS conte apenas com um candidato a Belém
Pedro Nuno Santos desvaloriza ainda a candidatura de Luís Marques Mendes
Corpo do artigo
O PS prepara-se para um novo imbróglio: António Vitorino e António José Seguro vão dando sinais de que querem avançar para a corrida a Belém, o que tem levado a troca de galhardetes entre socialistas. Há o risco de o PS voltar a partir-se, nas eleições presidenciais, pelo que Pedro Nuno Santos admite que tudo fará para que a área política socialista conte apenas com um candidato à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa.
A Comissão Nacional do PS reúne-se no próximo sábado para debater as eleições presidenciais e, ao que tudo indica, a discussão far-se-á sem que António Vitorino ou António José Seguro avancem oficialmente.
“É desejável que haja apenas um candidato da área socialista e nós faremos aquilo que estiver ao nosso alcance para que haja apenas um candidato. Nós não mandamos, obviamente, na vontade individual das pessoas de se candidatarem. E, portanto, aquilo que depende de nós é a decisão de apoiar um candidato”, assumiu Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas.
E, nesta altura, ainda não há qualquer candidato assumido, da área socialista, pelo que a reunião de sábado, ao que tudo indica, apenas servirá para que os comissários definam “o perfil”. Até porque, acrescenta Pedro Nuno Santos, “o PS não fará aquilo que fez, por exemplo, a Iniciativa Liberal em que anuncia o seu candidato”.
Certo é que António Vitorino é quem reúne maior consenso no partido, até na direção socialista, embora Pedro Nuno Santos não se comprometa: “Eu não tenho nem nenhuma preferência a não ser a vontade de que o candidato da área do PS, que partilha o mesmo ideário, tenha possibilidades de vencer as presidenciais, que é o nosso objetivo”.
Pedro Nuno Santos acredita que o PS pode mesmo “vencer as eleições”, apesar de partir em desvantagem temporal quanto ao anúncio de um candidato. Luís Marques Mendes já confirmou a candidatura, que terá o apoio do PSD, mas o socialista recorre às sondagens para desvalorizar o anúncio do antigo líder social-democrata.