O PCP, que deixa críticas aos EUA, à NATO e às "grandes potências da UE", votou contra a proposta que foi apresentada pelo Bloco de Esquerda. Restantes bancadas votaram a favor.
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Os deputados portugueses aprovaram esta sexta-feira um voto de repúdio, apresentado pelo Bloco de Esquerda, pelos bombardeamentos e pelos crimes cometidos contra as populações em Alepo, na Síria.
O PCP votou contra. Na declaração de voto, os comunistas referem que "o que está a acontecer em Alepo é a libertação da cidade e dos habitantes dos grupos terroristas que, há anos, apoiados e suportados pelos Estados Unidos e aliados, os utilizam para alcançar os seus objetivos".
Falando em "manobras de pressão", os comunistas criticam o que entendem como "ação agressiva dos Estados Unidos, da NATO, das grandes potências da União Europeia e seus aliados", por oposição a "países que se posicionam, agem e articulam no plano internacional no respeito da Carta das Nações Unidas e apoiam povos e Estados vítimas do bloqueio, desestabilização e agressão", pode ler-se na declaração de voto apresentada pelo grupo parlamentar.
Na mesma declaração, o PCP sublinha ainda que é coerente com as posições manifestadas em relação "às guerras de agressão contra o Iraque e a Líbia e os seus povos".
Quanto ao voto proposto pelos bloquistas - e que foi aceite por PS, PAN, PEV, PSD e CDS-PP -, considera que em Alepo, tal como na restante região, "se perderam demasiadas vidas para que, na complexidade dos alinhamentos das partes envolvidas, os crimes não sejam investigados e as responsabilidades apuradas", condenando e apelando ao repúdio pela "violação dos direitos humanos e os crimes contra as populações".