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"Uma vez que a ministra já estava queimada [António Costa] deixou-a queimar até ao fim", condena Luís Montenegro.
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Luís Montenegro acusou António Costa de usar Constança Urbano de Sousa como "um escudo" para aplacar as críticas decorrentes dos incêndios que provocaram nos últimos quatro meses mais de cem mortos.
"O primeiro-ministro quis usar a ministra da Administração Interna como escudo" para evitar ser confrontado com a sua própria responsabilidade, disse o antigo líder parlamentar social-democrata no programa da TSF "Almoços Grátis".
"Uma vez que ela já estava queimada deixou-a queimar até ao fim", condenou, desculpando-se antes pela escolha de palavras.
"É preciso responsabilizar um primeiro-ministro que sabia que tinha uma pessoa assumidamente fragilizada" e que ainda assim a deixou ficar no Governo.
"A carta de demissão da ministra da Administração Interna veio mostrar que os membros do Governo mentem e mentem com as letras todas", acrescenta.
Isto porque a Constança Urbano de Sousa "reiterou que não se demitia porque era tempo de ação", mas pelo que veio a revelar na sua carta de demissão já tinha pedido várias vezes para abandonar o Governo.