Centristas dizem que, no terreno, ouviram queixas de que o mecanismo extrajudicial aprovado pelo Governo se destina apenas a familiares de vítimas mortais dos incêndios e pedem clarificação.
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Se o Governo não aceitar incluir no mecanismo extrajudicial de indemnização aqueles que, por causa dos fogos, sofreram "ferimentos, queimaduras ou incapacidades", o CDS avança com um diploma para "clarificar".
Em conferência de imprensa, os deputados do CDS Telmo Correia e João Almeida deram conta que, durante as várias visitas aos locais afetados pelos incêndios deste ano, ouviram queixas de quem fica à margem do mecanismo aprovado em Conselho de Ministros.
"Não estamos a falar de situações económicas mas de vítimas e de lesões", sublinha Telmo Correia.
O deputado do CDS considera que "a fonte de responsabilidade é a mesma" e que, por isso, "a responsabilidade do Estado tanto se aplica aqueles que morreram e seus familiares, como se aplica aqueles que tendo sobrevivido ficaram com danos".
O CDS aguarda pela "clarificação" do Governo, ainda durante o período de discussão orçamental.
Das visitas ao terreno, os centristas dizem ainda constatar que é "necessário reforçar o apoio psicológico" às populações.
Os incêndios deste ano provocaram mais de cem mortos, atingindo em junho a zona de Pedrógão Grande e em outubro uma larga faixa da região centro do país.