As atividades suspeitas do IRA e as ligações ao PAN. PCP e Verdes exigem esclarecimentos
O Partido Comunista e o Partido ecologista Os Verdes exigem um "cabal esclarecimento" e "apuramento de responsabilidades" sobre o caso que associa uma dirigente do PAN à prática de atividades criminosas.
Corpo do artigo
Em causa está a atuação do grupo Intervenção e Resgate Animal (IRA), que segundo o Público está a ser investigado pela Polícia Judiciária e Ministério Público por suspeita de crimes como terrorismo, sequestro e assalto à mão armada.
Com o objetivo de resgatar animais maltratados, este grupo, já perseguiram donos à mão armada, invadiram propriedade privada e ameaçaram de forma quem os enfrenta, denuncia a TVI .
A advogada Cristina Rodrigues, membro da comissão política do PAN, chefe de gabinete e braço direito do deputado André Silva, assumiu ser representante legal do IRA e não desmentiu pertencer ao grupo.
"As notícias que envolvem dirigentes do PAN em atividades criminosas realizadas a pretexto da defesa dos animais assume particular gravidade", escreve esta sexta-feira o PCP em comunicado enviado às redações.
"O que deve ser assinalado é uma prática subjacente ao projeto político do PAN que, sob o manto de preocupações sobre a natureza e os animais, e assente num discurso de intolerância, promove uma orientação de incriminação, de estímulo à delação e de criminalização de hábitos socioculturais, em si mesmo caldo de cultura para justificação de práticas criminosas", pode ler-se.
Salvar animais é "incompatível" com violência e terror
Também os Verdes desafiam o deputado André Silva a esclarecer a alegada ligação da chefe de gabinete do PAN ao grupo extremista.
"A bola está do lado do PAN", disse a deputada e dirigente do partido ecologista.
"Relativamente às acusações que são feitas de ligação direta do PAN ao IRA, consideramos que são gravíssimas, a confirmar-se. O PAN deve, de facto, uma explicação pública cabal sobre essa situação ao país", disse Heloísa Apolónia, em declarações aos jornalistas.
"Todos os crimes devem ser devidamente apurados e essa investigação deve decorrer, célere, no sentido de que todas as responsabilidades possam ser apuradas", defendeu a deputada d'Os Verdes considerando que "a defesa dos direitos dos animais é totalmente incompatível com quaisquer atuações e práticas de violência, de agressão, de terror".