Manter o acordo com o Governo é benéfico para os partidos mais à esquerda. Têm de "mostrar que são úteis", defende Carlos César.
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Carlos César lembra os partidos que suportam o Partido Socialista no Governo que têm de "o desafio de mostrar que são úteis e influentes na política portuguesa".
"O PS não mudou na sua política de relacionamento com as restantes forças políticas", assegura o socialista no programa da TSF "Almoços Grátis", Bloco de Esquerda, PCP e PEV também têm de se chegar à frente.
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Assumindo que chumbar o Orçamento seria uma irresponsabilidade, Carlos César admite, por outro lado, que não há "automatismos". Os partidos "têm de se rever nas políticas orçamentais para darem o seu voto positivo" e o diálogo está em curso.
"Existe um espaço de convergência que será suficiente para a aprovação deste Orçamento", assegura.
"Uma gafe monumental"
No que diz respeito ao Orçamento, uma coisa é certa: o dinheiro não estica. António Costa fez esta semana questão de salientar que o investimento nas estradas portuguesas implica a falta de investimento noutras áreas, como os salários e as carreiras profissionais.
A propósito da da requalificação do IP3 entre Penacova e Lagoa Azul, com um investimento de 134 milhões de euros, o primeiro-ministro reconhecia que "quando estamos a decidir fazer esta obra, estamos a decidir não fazer evoluções nas carreiras ou vencimentos" .
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Uma coisa é o investimento, e a fatia do Orçamento que lhe diz respeito, outra é a política de recursos humanos, a política de remunerações e a política de carreiras da administração pública.
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Para o social-democrata, os sindicatos dos professores deixaram passar uma "gafe monumental do primeiro-ministro".
"É insultuoso querer justificar a incapacidade de dar uma resposta positiva à expectativa que se criou nos professores com este tipo de afirmação", condena.
Com Anselmo Crespo e Nuno Domingues