"Governo não tem estratégia de crescimento económico sustentado. Se tivesse eu estava calado"
No encerramento da universidade de verão do PSD, Rui Rio apontou baterias ao que classifica de "degradação completa" dos serviços públicos e não esqueceu o caso do roubo de armas de Tancos.
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O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu este domingo que o país tem de exigir ao Ministério Público que rapidamente faça a "acusação correta" no caso de Tancos, considerando o Governo "incapaz de dar mais respostas" sobre o caso.
Na sua intervenção no encerramento da Universidade de Verão do PSD, que se estendeu por mais de 50 minutos, Rui Rio apontou o caso das armas roubadas - e em parte recuperadas - do paiol de Tancos há mais de um ano como um "exemplo da degradação dos serviços públicos" pela qual responsabilizou o Governo, sobre o qual disse querer tirar uma conclusão "politicamente correta e outra quiçá mais incorreta".
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"Politicamente está provado que o Governo foi incapaz e não tem respostas para dar, é incapaz nesta matéria, ponto final parágrafo. Podemos e devemos continuar a perguntar, mas eles não vão responder porque não sabem mesmo", afirmou. Por isso, defendeu, "o país tem de exigir" as respostas do ponto de vista judicial e apelou ao Ministério Público para que "faça rapidamente a investigação e diga o que se passou".
Rui Rio afirmou que não consegue ficar calado quando assiste a esta "degradação completa" dos serviços públicos e escolheu o setor da saúde como exemplo daquilo que chama de "autismo do Governo".
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O presidente do PSD criticou ainda o governo de incapacidade e falta de estratégia, a começar pela economia. "Este governo não tem uma estratégia de crescimento económico sustentado. Não tem! Se tivesse eu estava calado. Não tem!", adiantou.
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No discurso para os jovens na Universidade de Verão do PSD, Rui Rio deixou também um recado para consumo interno: os militantes não têm de pensar todos da mesma maneira, mas têm um dever de lealdade.
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"Os militantes partidários não são a massa associativa do partido. São lógicas completamente diferentes. É gente que não pode deixar de ser racional, não pode deixar de ser critica, tem de ter as suas próprias ideias. E não temos de estar todos de acordo. Temos de ser todos leais mas não temos de estar todos de acordo", disse.