Os interesses privados "não querem que o BE tenha influência na governação"
O poder económico já percebeu que o PSD não vai ganhar as legislativas, diz Catarina Martins em entrevista à TSF. Está por isso a "apostar na maioria absoluta do Partido Socialista".
Para Catarina Martins, o fado está traçado. Como o PSD não tem força para vencer as próximas eleições, os grandes detentores do poder económico querem os socialistas no poder, para que possam exercer a sua influência sem intervenção dos partidos mais à Esquerda da Geringonça.
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Na questões laborais, na energia, na saúde "existe uma movimentação clara dos setores privados que, compreendendo que o PSD não se encontra com força na alternância de poder, estão a apostar na maioria absoluta do partido socialista", disse a líder do Bloco de Esquerda em entrevista à TSF, conduzida por Fernando Alves.
Catarina Martins admite que na presente legislatura não se chegou tão longe nas reformas da economia, como queria o BE, porque que faltou força para forçar a mudança.
Sem mudanças estruturais, as dificuldades mantêm-se. "O preço da energia continua a ser um dos mais altos da Europa, 80% das as pensões continuam muito baixas, não chegam ao fim do mês. Continuamos a ter uma enorme desigualdade salarial, um dos salários mínimos mais baixos da União Europeia", enumera.
"Em 2019, o Bloco deve lutar por uma relação de forças que nos permita ir onde não foi possível chegar", promete Catarina Martins. Por isso, defende, "se o Bloco de Esquerda tiver votos para isso, deve ser Governo."
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