Jerónimo de Sousa esteve reunido com os sindicatos de professores, esta tarde.
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A propósito da contagem do tempo para efeitos de progressão na carreira, Jerónimo de Sousa rejeita a ideia afirmada pelo primeiro-ministro de que "não há dinheiro" para contar os nove anos, quatro meses e dois dias que são reclamados pelos professores docentes.
O secretário-geral do PCP esteve esta tarde reunido com as organizações sindicais de professores e educadores e, num momento em que os docentes estão pela segunda semana em greve às avaliações, disse que o Governo tem uma forma "esquisita" de negociar.
Porém, com "bom senso" poderá chegar-se a uma solução, acredita Jerónimo de Sousa.
"Não vemos razão para que o Governo use uma forma esquisita de negociar que é 'ou aceitam ou não há nada para ninguém'. Creio que isto não é negociação, esta crispação do Governo e a falta de resposta àquilo que é justo, naturalmente é inaceitável", explicou no final do encontro.
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Quanto a levar este tema para a mesa das negociações do Orçamento do Estado para o próximo ano, Jerónimo de Sousa diz que esta é uma matéria que ficou esclarecida com a lei orçamental de 2018.
"Seria estender uma passadeira vermelha ao Governo admitir alteração dessa matéria no plano da Assembleia da República porque aquilo que está é suficientemente claro, para além de ser justo, e qualquer alteração seria para pior", refere ainda o líder dos comunistas.
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João Dias da Silva da FNE (Federação Nacional da Educação) foi o porta-voz dos sindicatos e, à saída da reunião, lamentou o que diz ser a falta de compromisso do Governo, mas não afasta o diálogo.
"Estamos disponíveis para, perante contas certas e projeções certas, podermos discutir como é que se há-de operar o faseamento da recuperação integral do tempo de serviço. Existe total disponobilidade e estamos certos daquilo que está escrito no compromisso, que aponta para que até 2023 essa recuperação possa ser feita", esclareceu o sindicalista.
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O dirigente da FNE diz ainda que cabe agora ao Governo apresentar uma nova proposta que vá ao encontro dos anseios dos docentes.
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