"Qual é o problema de militantes levarem pessoas a votar? Absolutamente nenhum"

Porto, 12 / 06 / 2015 - Decorreu esta tarde, no auditório do edifício do Jornal de Notícias, a apresentação do Grande prémio JN ( Artur Machado / Global Imagens )
Artur Machado / Global Imagens
Diretor nacional de campanha de Rui Rio desvaloriza denúncia de caciquismo em Ovar.
O diretor de campanha de Rui Rio, Salvador Malheiro, diz que não está preocupado com o facto de, em dia de eleições diretas no PSD, os militantes sociais-democratas terem sido transportados em bloco para as urnas por uma carrinha de associação presidida por um militante do PSD.
O caso, denunciado este domingo pelo Observador, terá acontecido em Ovar, ex-concelhia do diretor nacional de campanha de Rui Rio e também e líder da distrital do PSD de Aveiro.
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"Aquilo que está em causa é, apenas e só, a organização de um transporte de militantes para poderem proceder ao seu direito de voto, de alguém que mora a 15 ou 20 quilómetros da sua secção. Qual é o problema de alguns militantes se organizarem no sentido de terem um transporte para poderem levar as pessoas a votar? Absolutamente nenhum", reforça, negando o envolvimento dos responsáveis pela campanha no caso.
Segundo o Observador, a carrinha alegadamente utilizada para o caciquismo em Ovar pertence ao Grupo de Danças e Cantares de Santa Maria de Esmoriz, associação que recebe apoios da autarquia e presidida por Lino Osvaldo Jorge, militante do PSD.
Lino Osvaldo Jorge, contactado pelo Observador, explicou que "o que aconteceu foi uma coisa espontânea", que "nunca tinha acontecido" e "não devia acontecer". O presidente da associação diz que tudo foi feito à sua "revelia" e justifica que "avariaram uns carros" pelo que foi utilizada a carrinha da associação. Sobre o motorista, Lino Jorge diz que "é o senhor que tem a garagem onde é guardada a carrinha".