Enquanto primeiro-ministro quis ligar Portugal à Europa por TGV e construir um novo aeroporto em Lisboa. Duas ideias polémicas que Sócrates continua a defender, vários anos depois.
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Em resposta a uma das perguntas colocada pelos alunos da FEUC, José Sócrates refere que falta ao país um verdadeiro projeto de crescimento.
E, respondendo à questão que o próprio colocou: "Como se pode fazer um projeto de modernização?", o ex-primeiro ministro respondeu que isso aconteceu pela última vez quando "fui eu a liderei um governo". Quando liderou o governo socialista, diz, apostou na energia eólica, nas TIC - Tecnologias e Informação e Comunicação, e na modernização das infraestruturas.
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E aqui Sócrates não esqueceu o TGV. "O país está propositadamente atrasado", afirma. O facto de o comboio de alta velocidade parar em Badajoz, não entrando em Portugal, leva o ex-primeiro ministro a dizer que "é das ideias mais reacionárias" que já viu em Portugal.
Apela por isso a que haja "um pouco mais de visão para o crescimento económico do país", até porque, no seu ponto de vista, a resposta à crise com a austeridade "é uma falácia", uma vez que "falhou em toda a Europa", lembrando que "Portugal começou a recuperar por abandonar uma política catastrófica", de quem estava a tentar sair de um buraco "escavando sempre mais fundo".
José Sócrates participa estas quarta-feira numa conferência sobre "o projeto europeu depois da crise económica". O antigo primeiro-ministro fala aos alunos da faculdade de economia da universidade de Coimbra sobre "a economia hoje, futuro amanhã".