É a resposta de quatro associações sindicais da PSP à não aprovação, pelo Governo, do novo estatuto profissional da polícia de segurança pública. Manifestações são uma certeza. O resto das inciativas de protesto, que terão lugar todas as semanas até ao final do mês de Setembro, serão decididas lá mais para a frente.
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Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, aqui também em representação das restantes três estruturas sindicais que assinaram um memorando de entendimento com o Governo: Sindicato dos Profissionais de Polícia, Sindicato dos Agentes de Polícia e Sindicato Vertical da Carreira de Polícia, anunciou que até "31 de Agosto será decidida a primeira acção de protesto (...). Como é óbvio no conjunto das acções que podemos realizar as manifestações estão incluídas e vamos concerteza realizar algumas".
Para além dos protestos semanais, estas quatro associações lançam um apelo aos agentes da PSP para promoverem uma greve de zelo já a partir do dia 24 de Agosto até ao final de Setembro: "Insistirem na prevenção e sempre que estiverem em contacto com os cidadãos possam, de alguma forma, utilizar mais a prevenção, mais a pedagogia, mais o esclarecimento do que a repressão. Salvo em situações em que estiver em causa o interesse público ou então a vida de alguém, como é evidente. A segurança pública não estará em causa".
Confrontado com a afirmação da ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, de que o governo está a trabalhar em detalhes de redação do novo estatuto profissional, Paulo Rodrigues considerou que o argumento serve apenas para continuar a adiar a aprovação do novo documento. O dirigente considera que não se pode "estar constantemente a aceitar argumentos para protelar no tempo a aprovação destas alterações. E este, no nosso entender, é mais um argumento porque nem sequer os detalhes são explicados. Quem é que não quer aprovar o estatuto? Quem do governo está a entravar? É isso que se calhar era importante o governo explicar".