Os números de janeiro revelam poucas contra ordenações motivadas pelas novas regras do Código da Estrada.
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O primeiro mês de aplicação das novas regras do Código da Estrada apenas motivou, na Guarda Nacional Republicana (GNR), 46 multas por taxas de álcool no sangue entre os 0,2 e os 0,49 gramas por litro de sangue.
Já a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária só tem registo, até ao momento, de quatro multas por má circulação nas rotundas.
Os novos limites de álcool para condutores profissionais e recém-encartados, bem como as novas regras para as rotundas, foram duas das novidades das mudanças ao Código que arrancaram a 1 de janeiro.
Um mês depois, a GNR faz um balanço positivo. À TSF, o coronel Barão Mendes, da divisão de trânsito e segurança rodoviária da GNR, admite que os números que têm sobre o álcool são marginais: «apenas 46 de um total de 9.538 fiscalizados apresentaram uma taxa de álcool entre os 0,2 e os 0,49».
A GNR acredita que os condutores estão atentos e assimilaram bem as novas regras. O responsável fala numa mudança «pacifica».
Do lado da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, o dirigente Paulo Rodrigues diz que a aplicação das novas regras tem decorrido sem sobressaltos, mas nota que os agentes têm sido confrontados com a ignorância ou pelo menos dúvidas dos condutores.
Florêncio Almeida, presidente da Associação Nacional de Trransportadores Rodoviários, uma das entidades que representa os taxistas, diz que continuam a existir dúvidas sobre quanto tempo ficam os taxistas impedidos de conduzir depois de apanhados com álcool.
A revisão do Código da Estrada trouxe também regras para proteger melhor quem anda de biclicleta. O presidente da Federação Portuguesa de Ciclistas e Utilizadores de Bicicleta considera que ainda é cedo para avaliar o impacto das novas regras, mas a perceção que José Caetano tem é que as coisas estão a mudar para melhor.