O secretário-geral da UGT, João Proença, considerou hoje «fundamental» que haja um governo de maioria nas próximas eleições, e recusou a abolição dos 13º e 14º meses de salário.
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«É fundamental um governo de maioria. Queremos compromissos claros dos partidos para o futuro do país», afirmou João Proença, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, no seu discurso de encerramento da manifestação do Dia do Trabalhador.
O responsável da UGT deixou um «recado» para a troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Fundo Europeu de Estabilidade Financeira), governo e partidos: «não podemos aceitar mais condições e sacrifícios para os trabalhadores. Vamos responsabilizar aqueles que celebrarem um mau acordo».
Perante pouco mais de duas mil pessoas, que se abrigava da chuva intensa como podiam, João Proença reiterou que os sindicatos afectos à UGT «não aceitam que se ponha em causa o 13º e o 14º meses de salário, a redução do salário mínimo, a quebra dos direitos adquiridos e o respeito pela negociação colectiva».
«São condições indispensáveis para a UGT», acrescentou.
O responsável sindical exigiu ainda o respeito pela Constituição, a regulação efectiva do sector financeiro, o combate à economia paralela e o fim da precariedade no emprego, exigindo do próximo governo «políticas públicas que combatam a especulação e a corrupção».