1.º de Maio: UGT organiza concentração no Jamor e CGTP iniciativas em todo o país
Na TSF, o secretário-geral da UGT defende que "os trabalhadores não podem continuar a ser os primeiros e, muitas vezes, os únicos a pagar os custos dos erros alheios". Também Tiago Oliveira, da CGTP, nota que é preciso "combater a precariedade" em Portugal
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A UGT assinala esta quinta-feira o Dia do Trabalhador com uma concentração no Jamor, recusando que a instabilidade nacional e internacional ameace o progresso social, enquanto a CGTP promete um “dia de intervenção” com iniciativas em todos os distritos.
Em declarações à TSF, o secretário-geral da UGT, Mário Morão, sublinha que o feriado decorre num cenário de instabilidade: “O Governo caiu, vamos ter eleições no dia 18 e aí é que os portugueses darão uma resposta a esta intranquilidade política que se vive no país.”
É por isto que, neste 1.º de Maio, a UGT vai reafirmar que “rejeita que as mudanças que anunciam sejam usadas para travar o progresso social e para desvalorizar quem vive do seu trabalho”, acrescenta.
Para Mário Morão, “os trabalhadores não podem continuar a ser os primeiros e, muitas vezes, os únicos a pagar os custos dos erros alheios”.
Também na TSF, a CGTP refere que pretende assinalar o feriado “em todos os distritos do país, com os trabalhadores e as suas reivindicações na rua”, salientando o secretário-geral que estão “juntos por quem trabalha”.
“Estamos próximos daqueles que vão fazer do 1.º de Maio um grande momento de luto e de afirmação”, afirma Tiago Oliveira.
A luta da CGTP passa essencialmente pela valorização dos salários, mas não só. Tiago Oliveira explica que a luta no 1.º de Maio também passa pelo “combate à precariedade” e aponta que, em Portugal, há mais de um milhão de trabalhadores com vínculos de trabalho precários.
Muito perto das legislativas, tanto a CGTP como a UGT apelam a todos para que se desloquem às urnas no dia 18 de maio, na esperança de ver algumas mudanças na luta dos trabalhadores.
As comemorações no Centro Desportivo Nacional do Jamor, em Lisboa, arrancam às 10h00 com a 9.ª Corrida UGT, seguida de diversas atividades desportivas e sindicais promovidas pelos sindicatos filiados naquela central sindical. À tarde, pelas 15h00, estão agendadas as intervenções de Mário Mourão e da presidente da central sindical, Lucinda Dâmaso.