Catorze cidades portuguesas vão aderir hoje à manifestação convocada pelo movimento "Que se lixe a troika" para protestarem contra as políticas de austeridade do Governo.
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Com o lema "Que se lixe a troika! Não há becos sem saída!", o protesto coincide com a discussão da proposta do Orçamento do Estado para 2014, esperando os organizadores uma «grande manifestação» nas ruas para pedir «a demissão do Governo» e «a expulsão da troika» do país.
A manifestação pretende demonstrar, «mais uma vez», que os portugueses «não estão de acordo com a intervenção da troika, com as medidas adaptadas pelo Governo e com o Orçamento do Estado [OE] para 2014», disse à agência Lusa Joana Campos, uma das promotoras do protesto.
Joana Campos considerou a proposta de OE para 2014 «desastroso», referindo que representa «um aumento real do desemprego, aumento brutal dos impostos e subida da despesa pública».
Em Lisboa, a manifestação começa no Rossio e termina na Assembleia da República, onde vão ser feitas várias intervenções políticas e culturais.
Para tal, os organizadores queriam ocupar a escadaria de acesso ao parlamento, mas a polícia apenas autorizou a utilização dos primeiros degraus, pelos manifestantes.
Os promotores do protesto esperam «uma grande manifestação», tendo em conta que a convocatória foi aberta ao público e já foi subscrita por mais de mil pessoas de todos os setores da sociedade portuguesa, além dos vários vídeos de apoio feitos por personalidades públicas de diferentes áreas, da política à cultura.
Estão marcados protestos para Aveiro, Braga, Beja, Coimbra, Faro, Portimão, Funchal, Horta, Lisboa, Portimão, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
A plataforma 15 de outubro e os Precários Inflexíveis são alguns dos movimentos que já confirmaram presença na manifestação.
O movimento "Que se lixe a troika" organizou as manifestações de 15 de setembro de 2012 e de 2 de março deste ano.