Em julho de 1993, duas crianças morreram no Aquaparque do Restelo. 25 anos depois, a TSF visitou um parque aquático em Lagoa e ouviu quem garante que hoje seria impossível um acidente semelhante.
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Há 25 anos, duas crianças desapareciam no Aquaparque do Restelo. Primeiro, Cristina Caldas, na tarde de 27 de julho. Depois, Frederico Duarte, a 29 de julho. Os corpos foram encontrados nas tubagens do recinto a 30 de julho.
Depois do acidente, em 1997, saiu legislação mais apertada a que os parques aquáticos têm de obedecer. As normas de segurança destas instalações são muito maiores do que há 25 anos.
Paulo Jorge Santinha, diretor do Slide & Splash, um dos três parques aquáticos existentes no Algarve, garante que seria impossível acontecer um acidente desta natureza. "Depois de ter ocorrido esse acidente logo no ano seguinte procedemos à renovação de todas as tomadas de água e neste momento nenhuma piscina tem bombagem na piscina", afirma.
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Além disso, há muitas entidades a fazerem vistoria aos parques, como a Associação Nacional de Proteção Civil, a ASAE ou a Direção Geral de Saúde e cada parque é obrigado a renovar anualmente a licença.
Este parque aquático situado perto da cidade de Lagoa está aberto sete meses ao ano. Ana Tendinha, a diretora comercial adianta que os meses de julho e agosto são os mais fortes. "Diariamente temos cerca de 4 mil pessoas, portugueses e estrangeiros".
Um dia num parque aquático é sinónimo de um tempo bem passado, sobretudo para os mais novos e vê-se muita correria de um escorrega para o outro. No parque há cerca de 100 vigilantes que estão sempre de olho nos turistas e "cerca de metade deles tem formação de socorro aquático".
Mesmo assim, este parque aquático tem uma enfermaria onde estão sempre dois profissionais porque, por vezes, o comportamento dos clientes não é o mais adequado. "Não estou a exagerar, mas temos funcionários que estão lá para garantir a segurança dos clientes e que são agredidos verbal e fisicamente porque simplesmente dizem às pessoas que não podem fazer isto ou aquilo", denuncia Paulo Santinha.