Um ano após os trágicos incêndios de outubro, das cerca de 1500 casas que arderam total ou parcialmente na zona centro, mais de um quinto das habitações já estão prontas. Depois do escândalo das fraudes em Pedrógão Grande, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro lançou na sua página na Internet uma ferramenta que permite efetuar denúncias e que já recebeu três queixas.
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Um ano após os trágicos incêndios de outubro que destruíram total ou parcialmente 1.500 casas em toda a zona Centro do país, já se encontram prontas 285 habitações.
Os números são avançados pela presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Segundo Ana Abrunhosa, ao todo a entidade aprovou 821 apoios à reconstrução de moradias tocadas pelas chamas.
Já foram concluídas as obras em 285 casas, estando em curso trabalhos em 455. Por iniciar estão 88 empreitadas.
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A presidente da CCDRC espera "que a esmagadora maioria [das habitações] esteja pronta no final do ano", sendo certo que "haverá casas que só estarão prontas" lá para o primeiro trimestre de 2019.
Nem todos os pedidos de auxílio apresentados receberam luz verde. Cerca de 500 foram indeferidos. Ana Abrunhosa diz estar "plenamente convencida" que nestes casos não houve uma tentativa de "aproveitamento indevido".
"As pessoas estavam convencidas de que tinham direito a apoio, porque todos nós ouvimos publicamente de que se vão resolver os problemas e as pessoas, que foram vítimas, não fazem distinção se é primeira ou segunda habitação", afirma.
Após a denuncia de eventuais fraudes na reconstrução de casas em Pedrógão Grande, a CCDRC lançou na sua página da Internet uma ferramenta que permite denunciar eventuais aproveitamentos e que já recebeu três queixas "que estão a ser avaliadas", sublinhando Ana Abrunhosa que a denúncia sem sempre corresponde "a uma tentativa de aproveitamento".
A presidente da CCDRC assegura ainda que os organismos públicos andam no terreno a acompanhar as obras em curso.