Assume-se como a única rádio escola da Península Ibérica e nasceu em 1986 com o objetivo de ter um leque abrangente de músicas e de programas. A RUC - Rádio Universidade de Coimbra - celebra 30 anos de existência.
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Um ano de comemorações com vários concertos, um ciclo de debates e ainda um prémio de jornalismo radiofónico, para desafiar amadores ou profissionais a criar um novo jornalismo de rádio.
As portas da RUC abriram-se há 30 anos e a TSF entrou agora pelos corredores pouco silenciosos de uma rádio que se quer fazer ouvir e assistiu, em direto, ao programa "Santos da Casa", o mais antigo desta rádio de Coimbra, que mesmo antes de estar legalizada já emitia. "Fazíamos rádio interna e a transmissão era assegurada para as cantinas", lembra Fausto Silva, que dá voz ao programa mais antigo da RUC. Tem tantos anos como a própria rádio. Primeiro foi "Canto lusitano"; pelo meio teve mais dois ou três nomes, e fixou-se há mais de vinte anos como "Santos da Casa". É um programa onde passam temas "que ainda não existem em disco, porque ainda está para sair em breve, ou de artistas mais subterrâneos. Tentamos estar a apoiar os mais novos e os mais escondidos", assume.
A RUC é uma rádio de portas abertas. Pelo corredor que atravessa a rádio cruzam-se gerações, cruzam-se paixões, cruzam-se amadorismo e profissionalismo, o que faz da RUC uma rádio onde todos têm espaço.
Guilherme Queiróz tem a RUC nas mãos enquanto presidente da administração da rádio. Garante que na "balbúrdia" boa de gentes que dão alma à RUC existe um fundamento: ser profissional sem impor limites, sem cortar. "Temos cerca de 90 programas de autor e 150 sócios ativos, ou seja, 150 pessoas a trabalhar na atividade regular da rádio, que nos permite uma diversidade grande de programação", garante.
A RUC continua a ser uma rádio escola, e é isso que "alimenta" esta rádio, por isso, todos os anos, continuam a abrir os três cursos de formação.
Fausto Silva ficou, foi dos que foi ficando, quer ficar e só sai quando as pernas não permitirem subir os degraus que levam ao segundo piso da Associação Académica de Coimbra.
Uma rádio com espaços, focada na cidade, na universidade e na aprendizagem há 30 anos. Um espaço onde as portas não se fecham e onde não há silêncio, à exceção dos estúdios de emissão e gravação.