Cinco anos depois, o jornal norte-americano volta ao Porto para fazer um novo guia "36 horas" na cidade. O que mudou e o que continua a ser obrigatório visitar.
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Em 2011, o jornalista Seth Sherwood publicou no New York Times um artigo com sugestões para um fim de semana (a começar à sexta-feira) no Porto. Na altura, a cidade já dava sinais do boom turístico que se avizinhava, mas nada se compara com o que vive em 2016. Talvez por isso o jornal norte-americano volte a lançar um guia para descobrir a cidade que tem conquistado visitantes de todo o mundo.
Num artigo publicado esta sexta-feira, e assinado pela escritora de viagens Nell McShane Wulfhart, as "36 horas no Porto" começam também sobre linhas, mas desta vez, de comboio. Se em 2011 o New York Times sugeria o trajeto do elétrico junto ao Douro (Infante-Passeio Alegre), agora destaca a Estação de São Bento e os seus famosos azulejos.
Se há cinco anos aconselhava-se uma visita às caves em Gaia, para entrar em contacto com a história do vinho do Porto, agora a ideia é investigar as casas da especialidade. As wine shops oferecem provas e grande variedade, que vai para além do famoso vinho que marca a cidade.
"Comprar local" é aliás uma das indicações. O New York Times dá destaque às lojas modernas com um "toque retro" e que homenageiam a tradição portuguesa. "Souvenirs que vai ter orgulho de exibir em casa", diz a autora do artigo. Tal como há cinco anos, também o Centro Comercial Bombarda é sugerido para comprar produtos de designers portugueses.
No capítulo dos "pontos emblemáticos", este ano o Mercado do Bolhão, a Casa da Música e a Fundação Serralves, sugestões no artigo de 2011, passam ao lado. Em contraponto, entra a Sé do Porto (que Nell McShane diz ser perfeita para brilhar no Instagram), a Torre dos Clérigos e o Centro Português de Fotografia (antiga Cadeia da Relação), com a sua coleção permanente de máquinas e material fotográfico.
E se é de fotografia que falamos, passagem obrigatória na Ponte D. Luís I. O artigo aconselha passar para a outra margem e aproveitar a melhor vista da Ribeira do Porto. Do lado de Gaia, um passeio à beira-rio, uma visita às caves ou mesmo andar no teleférico são algumas das hipóteses.
No campo gastronómico, este ano o New York Times não se aventura nas francesinhas. Em alternativa, sugere os petiscos (ou "tapas à portuguesa", como lhe chama a autora do guia). Destaque para a reinvenção dos clássicos da cozinha tradicional portuguesa.
Não falta uma referência à noite portuense, com destaque para os bares mais "descontraídos".
Ponto comum e inquestionável, que nem cinco anos separa: visite o Porto.