5 de Outubro. "As ditaduras não resolveram esta crise e não as queremos em Portugal"
Chefe de Estado defendeu que Portugal deve "continuar a agir em liberdade" e "sempre em conformidade com a ética republicana, que repudia compadrios, clientelas, corrupções".
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O Presidente da República deixou esta segunda-feira no seu discurso do 05 de Outubro uma mensagem contra as ditaduras, afirmando que não são desejadas em Portugal e que pelo mundo fora não resolveram a atual crise.
"Vamos continuar a agir em liberdade, porque não queremos ditaduras em Portugal", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia comemorativa do 110.º aniversário da Implantação da República.
O chefe de Estado, que falava no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa, acrescentou: "E sabemos que ditaduras por esse mundo fora não resolveram esta crise, e porventura nem sequer a assumiram a tempo e com transparência".
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal deve "continuar a agir em liberdade" e "sempre em conformidade com a ética republicana, que repudia compadrios, clientelas, corrupções".
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Num discurso em que apelou à "unidade no essencial", o Presidente da República disse também que Portugal tem de continuar a "sobrepor o interesse coletivo aos meros interesses pessoais, a solidariedade ao egoísmo, a convergência que faz a força - convergência em liberdade não unicidade imposta - ao salve-se quem puder, o bom senso comunitário ao aventureirismo individualista".
"É um discurso 'melhoral', não faz bem nem faz mal"
Paulo Baldaia, comentador de política nacional da TSF, considera que o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa neste 5 de Outubro é altamente consensual.
"Não vejo como possibilidade que alguém neste país não esteja de acordo com tudo aquilo que o Presidente da República disse. Nesse sentido é um discurso "melhoral", não faz bem nem faz mal. Não fala de matérias que podiam provocar algum atrito com o Governo, tocando em matérias sobre a atualidade que estão na ordem do dia, como o combate à corrupção", explicou Paulo Baldaia.
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