À beira da época de fogos, nova Proteção Civil arrisca-se a ser mudada no Parlamento
Pelo menos três partidos não se conformam com as mudanças aprovadas pelo Governo.
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O PSD, o PCP e o CDS pediram, no limite do prazo, a apreciação parlamentar do Decreto-Lei que criou a nova Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mudando drasticamente o sistema de proteção civil.
A apreciação parlamentar que junta as críticas de três partidos obriga o Governo a discutir e a ter de ter o aval da Assembleia da República numa legislação que tem sido polémica.
Apesar das sensibilidades políticas diferentes, PSD, PCP e CDS fazem críticas comuns ao diploma, nomeadamente as preocupações com a nova estrutura territorial da ANEPC.
Os comunistas, por exemplo, dizem que essa estrutura é "desfasada da realidade que se vive no terreno, o que pode vir a complicar ainda mais a necessária coordenação entre os diversos agentes".
Já antes o Observatório Técnico Independente, criado pela Assembleia da República para acompanhar as medidas de prevenção e combate aos incêndios florestais, tinha criticado as mudanças.
Pelo PSD, Duarte Marques explica que os deputados querem evitar que o Governo cometa um erro numa área sensível que pode, como se viu no passado, afetar seriamente a vida das pessoas.
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Além da nova Proteção Civil nacional, o CDS e o PCP também pediram a apreciação parlamentar do Decreto-Lei que transfere competências para os municípios na área da proteção civil.