A portagem na Ponte 25 de Abril para veículos ligeiros custa 1,70 euros. Há 50 anos era muito mais cara.
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O custo final da ponte inaugurada em 1966 foi de 2 milhões e duzentos mil contos, um valor que hoje, tendo em conta a inflação se traduz para 800 milhões de euros. É, ainda assim, bastante menos, do que ponte Vasco da Gama, que a preços atuais teria custado 1300 milhões de euros.
O tráfego da ponte cresceu de forma expressiva até este século: em 1970 foi atravessada por um total de seis milhões de veículos, enquanto em 2015 foi usada por 50 milhões de viaturas, numa média de mais de 135 mil atravessamentos diários - o equivalente a quase sete vezes mais.
A portagem atual para um ligeiro custa 1,70 euros. Se acha caro, leia isto: no dia da inauguração custava 20 escudos, uma quantia equivalente, hoje, a mais de 7 euros (contando com a inflação), o que demonstra que em 1966, atravessar a ponte era só para alguns bolsos.
Quando foi inaugurada, a Ponte 25 de Abril era a quinta maior ponte suspensa do mundo e a maior fora dos Estados Unidos.
Ao longo dos quatro anos de construção, muitos milhares de trabalhadores passaram pela obra. O recorde de trabalhadores que estiveram num mesmo dia no estaleiro atingiu os 3 mil.
O vão principal da ponte tem pouco mais de um quilómetro, que está 70 metros acima do nível da água. As torres principais elevam-se 190 metros acima do Tejo.
Os cabos principais que sustentam o tabuleiro têm quase 60 centímetros de diâmetro, e cada um deles é constituído por mais de 11 mil fios de aço de 5 milímetros de diâmetro. Todos juntos, os cabos principais somam 54 quilómetros de comprimento.
O pilar sul está fundado a 80 metros de profundidade; o pilar norte está a 35 metros.
Na construção da ponte foram usadas 72 mil toneladas de aço, e 263 mil metros cúbicos de betão.
Na obra estiveram envolvidas 14 empresas, das quais 11 eram portuguesas.